Moderatio e Clementia na República Romana Tardia e início de Principado
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v36.2023.1035Palavras-chave:
Clemência; Temperança; Pax Romana; História Antiga; Filosofia Antiga.Resumo
O presente artigo trata do papel desempenhado pela clemência (clementia) como uma virtude própria para o estabelecimento da paz no período compreendido entre o final da república e o principado. Mais especificamente, meu objetivo é investigar algumas das condições históricas e filosóficas que determinaram as alterações do conceito de moderatio (ou temperança) para o de clemência. Meu argumento é o de que a clemência se torna uma qualidade vinculada à forma autocrática de exercício do poder como efeito secundário das Guerras Civis, o que a torna essencial não apenas para justificar a autoridade do princeps como ainda para formular os requisitos da Pax Romana. Concentrando-me primariamente nas obras de Pseudo-Salústio, Cícero, Augusto, Sêneca e Tácito, pretendo demonstrar que moderatio e clementia são virtudes interrelacionadas que se aplicam a contextos históricos diferentes.
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