A Tradição da Guerra Justa
um compromisso pragmático
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v36.2023.1036Palavras-chave:
conflito; guerra justa; tradição da guerra justa; estado de guerra.Resumo
A Tradição da Guerra Justa dispôs as estruturas para pensarmos sobre a guerra por mais de dois mil anos. Embora os detalhes exatos possam variar um pouco, as ideias centrais são compartilhadas entre as culturas religiosa e secular, dando suporte ao direito internacional. No entanto, as respostas a atividades terroristas ou ataques “híbridos”, talvez envolvendo métodos predominantemente não letais, como a subversão e o desgaste cibernético ou econômico, deveriam realmente ser encaradas dentro de tais estruturas, quando muitos absolutamente não considerariam que tais contextos representam um estado de guerra? Este artigo argumenta que, apesar de seu nome, concentrando-se no dano em um sentido mais amplo e não em sua manifestação puramente letal, o tipo de raciocínio moral que a Tradição da Guerra Justa representa pode realmente ser aplicado a um conjunto muito mais amplo de contextos do que se poderia inicialmente imaginar. Isso significa que a Tradição da Guerra Justa continua sendo um guia útil mesmo quando o status exato da situação pode ser considerado pouco claro.
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