Aspectos dos “Bog Bodies” e do “Culto da cabeça decepada” na Bretanha pré-histórica e romana
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v27i1.338Palavras-chave:
Bog Bodies, Culto da Cabeça Decepada, Britannia, Sacrifício, Religião Romana.Resumo
Religião e práticas mortuárias caminharam de mãos dadas na Bretanha da Idade do Ferro e Romana (Britannia). Tanto as fontes clássicas quanto a cultura material indicam que os bretões desenvolveram algum tipo de culto à água, o que poderia ajudar a explicar a deposição dos corpos das turfeiras (bog bodies). Alguns desses corpos mostram sinais de ritos sacrificiais, como estrangulamento e decapitação. Outros locais de enterramento na Bretanha contêm corpos decapitados, cujas cabeças estão depositadas em vários locais e posições no túmulo. Crânios decepados são, ainda, encontrados em poços, fossos e rios. Pode haver em questão um “culto da cabeça decepada”, de alguma conexão com cultos da água, sacrifícios, até mesmo, execuções. Tais práticas obscuras detectadas na Idade do Ferro continuaram, embora de forma duvidosa, na Britannia. Procuraremos ressaltar os principais aspectos de tais costumes e as implicações para o estudo das representações da morte entre os bretões, e da atenção da mídia para com o assunto.
Downloads
Referências
ALCOCK, J. Classical religious belief and burial practice in Roman Britain. Arch. Journ., v. CXXXVII, p. 50-85, 1980.
CHAMBERS, R. A. Current Archaeology, v. 57, p. 319, 1977.
CLARKE, G. The Roman Cemetery at Lankhills. Winchester Studies 3. Oxford, 1979.
COLLINGWOOD, R. G.; MYRES, R. P. The Roman Inscriptions of Britain I. Oxford: OUP, 1965.
CONNOLLY, R. C. Lindow Man – a prehistoric bog corpse. Anthropology Today, v. 1, n. 5, p. 15-7, 1985.
DÍON CÁSSIO. Epítome. Disponível em: http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Cassius_Dio/home.html
ESTRABÃO. The Geography of Strabo. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 1988.
FUNARI, P. P. A. Roma: Vida pública e vida privada. 2. ed. São Paulo: Editora Atual, 1994.
GASCOYNE, Adrian. The Roman Legionary Fortress, AD 43-49. In: GASCOYNE, Adrian; RADFORD, David (Org.). Colchester, Fortress of the War God. An Archaeological Assessment. Oxford: Oxbow Books, 2013. p. 59-76.
GASCOYNE, Adrian; RADFORD, David (Org.). Colchester, Fortress of the War God. An Archaeological Assessment. Oxford: Oxbow Books, 2013.
GLOB, P. V. The Bog People: Iron-Age Man Preserved. Nova Iorque: New York Review of Books, 1965.
GREEN, M. The Gods of the Celts. Gloucester, Gloucestershire: A. Sutton, 1986.
HENIG, M. Religion in Roman Britain. Londres: BT Batsford, 1984.
JOHNSON, A. Roman Forts. Londres: A & C Black, 1983.
JOY, Jody. Lindow Man. Londres: The British Museum Press, 2009.
JÚLIO CÉSAR. The Conquest of Gaul. Londres: Penguin Books, 1982.
KELLY, Eamonn. An Archaeological Interpretation of Irish Iron Age Bog Bodies. In: RALPH, Sarah (Ed.). The Archaeology of Violence. Interdisciplinary Approaches. In: IEMA Proceedings. Nova Iorque: State University of New York Press, 2013. v. 2, p.232-40.
MacDONALD, M. J. Religion. CLARKE, p. 404-433, 1979.
MEANEY, A. L.; HAWKES, S. C. Two Anglo-Saxon Cemeteries at Winnall (Society for Medieval Archaeology. Monograph, Londres, n. 4, 1970.
OTTAWAY, P. Roman Yorkshire – People, Culture and Landscape. Middleton Rd, Pickering: Blackthorn Press, 2013.
OVÍDIO, Fasti. Disponível em: http://www.thelatinlibrary.com/ovid.html
PAIN, S. The Head from Worsley Moss. New Scientist, n. 2414, p. 48-9, 23 set. 2003.
PLÍNIO, o JOVEM. Epístolas. Disponível em: http://www.thelatinlibrary.com/pliny.html
PLÍNIO, o VELHO. História Natural. Disponível em: http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Pliny_the_Elder/home.html
POLÍBIO. Histórias. Disponível em: http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Plb.+toc&redirect=true
RADFORD, David. Camulodunum in the late Iron Age, c. 50 BC – AD 43. In: GASCOYNE, Adrian; RADFORD, David (Org.). Colchester, Fortress of the War God. An Archaeological Assessment. Oxford: Oxbow Books, 2013. p. 33-57.
RADFORD, DAVID. The Early Roman Colonia, AD 49-61. In: GASCOYNE, Adrian; RADFORD, David (Org.). Colchester, Fortress of the War God. An Archaeological Assessment. Oxford: Oxbow Books, 2013. p. 77-98.
RADFORD, DAVID. The Later Roman Town, AD 61-410. In: GASCOYNE, Adrian; RADFORD, David (Org.). Colchester, Fortress of the War God. An Archaeological Assessment. Oxford: Oxbow Books, 2013. p. 99-174.
REECE, R. (Ed.). Burial in the Roman World. CBA Research Report, v. 22, 1977.
RIBEIRO, Marily S. Arqueologia das Práticas Mortuárias: uma abordagem historiográfica. São Paulo: Alameda, 2007.
SALWAY, P. Roman Britain (c. 55 BC - c. 440). In: MORGAN, K. O. (Ed.). The Oxford Illustrated History of Britain. Oxford: OUP, 1989. p. 1-51.
SALWAY, P. Roman Britain. Oxford: OUP, 1984.
SEALEY, Paul R. The Boudican Revolt against Rome. 2. ed. Princes Risborough: Shire Publications, 2004.
TÁCITO. Agrícola. Disponível em: http://www.forumromanum.org/literature/tacitus/agricola.html
TÁCITO. Disponível em: The Annals and the Histories. Encyclopaedia Brittanica, 1977.
TÁCITO. Germania. Disponível em: http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Tac.+Ger.+1&redirect=true
TOYNBEE, J. M. C. Death and burial in the Roman World. Ithaca, Nova Iorque: Cornell University Press, 1971.
VIRGÍLIO. Eneida. Disponível em: http://www.thelatinlibrary.com/verg.html
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.
