Amor e alusão à morte: um estudo acerca das representações das heroínas de Ovídio
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v27i1.340Palavras-chave:
Ovídio, Heroínas, Morte, Amor, Suicídio.Resumo
As heroínas construídas por Ovídio, na obra Epistulae Heroidum, vivenciam amores extremos, que as levam a pensar na morte como escapatória dos sofrimentos que enfrentam na ausência de seus seres amados. Muitas das personagens representadas por Ovídio prometem cometer suicídio se não conseguirem trazer de volta os heróis ausentes. Neste artigo, objetivamos analisar como o amor e a morte são partes integrantes do pensamento ovidiano expresso nas Heroides.
Downloads
Referências
ANDRÉ, Carlos Ascenso. Caminhos do amor em Roma: sexo, amor e paixão na poesia latina do séc. I a.C. Lisboa: Cotovia, 2006.
BRUN, Jean. A Moral. In: ______. O Estoicismo. Lisboa: Edições 70, 1972.
CANTARELLA, Eva. La Calamidad Ambigua: condición e imagen de la mujer en la antigüedad griega y romana. Madrid: Clássicas, 1996.
CHARTIER, Roger. História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 2002.
CITRONI, Mario. Poetry in Augustan Rome. In: KNOX, Peter E. (Ed.). A Companion to Ovid. Oxford: Wiley-Blackwell, 2013. p. 8-25.
EDWARDS, Catharine. Epistolography. In: HARRISON, Stephen (Ed.). A Companion to Latin Literature. London: Blackwell, 2005. p. 270-284.
ERKER, Darja Sterbenc. Gender and roman funeral ritual. In: HOPE, Valerie M.; Huskinson, Janet (Org.). Memory and Mourning: Studies on Roman Death. Oxford: Oxbow Books, 2011. p. 40-60.
FERREIRA, José Ribeiro. Amor e Morte na Cultura Clássica. Coimbra: Ariadne, 2004.
GALINSKY, Karl. Augustan Culture: an interpretive introduction. New Jersey: Princeton University Press, 1996.
GIBSON, Roy. Love Elegy. In: HARRISON, Stephen (Ed.). A Companion to Latin Literature. London: Blackwell, 2005. p. 159-173.
GREEN, Peter. Prefácio. In: ANDRÉ, Carlos Ascenso. Amores & Arte de amar/Ovídio. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 11-76.
GRIMAL, Pierre. O Amor em Roma. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
GRIMAL, Pierre. O Século de Augusto. Lisboa: Edições 70, 1997.
GUIMARÃES, Joana. Suicídio mítico: uma luz sobre a antiguidade clássica. Coimbra: FCT, 2010.
HARRISON, Stephen. Ovid and genre: evolutions of an elegist. In: HARDIE, Philip (Ed.). The Cambridge companion to Ovid. Cambridge: University Press, 2002. p. 79-94.
HIDALGO DE LA VEGA, María José. Las Emperatrices Romanas: sueños de púrpura y poder oculto. Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2012.
HOPE, Valerie M. Death in Ancient Rome. London: Routledge, 2007.
HOPE, Valerie M. Roman Death: the Dyind and the Dead in Ancient Rome. New York: Continuum, 2009.
JOSEPH. The Augustan Period: 40 bc-ad 14. In: HARRISON, Stephen (Ed.). A Companion to Latin Literature. London: Blackwell, 2005. p. 44-54.
KASTER, Robert. The passions. In: HARRISON, Stephen (Ed.). A Companion to Latin Literature. London: Blackwell, 2005. p. 319-330.
KONSTAN, David. A Amizade no Mundo Clássico. São Paulo: Odysseus, 2005.
LINDSAY, Hugh. Death-Pollution and Funerals in the City of Rome. In: HOPE, Valerie M.; MARSHALL, Eireann (Org.). Death and Disease in the Ancient City. London: Routledge, 2000. p. 152-173.
LOPES, Cecilia Gonçalves. Confluência genérica na Elegia Erótica de Ovídio ou a Elegia Erótica em elevação. Dissertação de mestrado defendida junto ao programa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo em 2010.
LORAUX, Nicole. Maneiras Trágicas de Matar uma Mulher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
MARTÍN, José Carlos. Introdução do Epistolario (Libros I-X). In: Panegírico del emperador Trajano. Gayo Plinio Segundo (Plinio el joven). Madrid: Cátedra, 2007. p. 9-31.
MILLAR, Fergus. Ovid and the Domus Augusta: Rome Seen from Tomoi. In:________. (Org.) Rome, the Greek World and the East. North Carolina: The University of North Carolina Press, 2002. p. 321-349.
NOY, David. Goodbye Livia’s: dying in the roman home. In: HOPE, Valerie M.; HUSKINSON, Janet (Org.). Memory and Mourning: Studies on Roman Death. Oxford: Oxbow Books, 2011. p. 01-20.
OVÍDIO. Amores & Arte de amar. Trad. Carlos Ascenso André. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
OVÍDIO. Cartas de amor: As Heróides. Trad. Dunia Marinho Silva. São Paulo: Landy, 2007.
OVIDIO. Cartas de las heroínas e Ibis. Trad. Ana Pérez Veja. Madrid: Gredos, 1994.
OVÍDIO. Tristium. Trad. Augusto Velloso. Rio de Janeiro: Organização Simões, 1952.
PÉREZ VEGA, Ana. Introducciones. In: OVÍDIO. Cartas de las heroínas; Ibis/Ovídio. Madrid: Gredos, 1994. p. 9-18.
ROSATI, Gianpiero. Premessa al testo. In: NASONE, Publio Ovidio. Lettere di Eroine. Milano: BUR Classici Greci e Latini, 2011. p. 47-51.
ROSSI, Andréa Lúcia Dorini de Oliveira Carvalho. Política e Identidade nos Discursos de Dion Crisóstomo. In: FUNARI, Pedro Paulo A.; SILVA, Maria Aparecida de Oliveira (Org.). Política e Identidades no Mundo Antigo. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2009. p.190-217.
VELEYO PATÉRCULO. Historia Romana. Trad. Maria Asunción Sánchez Manzano. Madrid: Gredos, 2001.
VEYNE, Paul. Séneca y el Estoicismo. México: Fondo de Cultura Econômica, 1995.
VOLK, Katharina. Ovid. London: Blackwell, 2010.
WALLACE-HADRILL, Andrew. The imperial court. In: BOWMAN, Alan K.; CHAMPLIN, Edward; LINTOTT, Andrew (Ed.). The Cambridge Ancienty History. Cambridge: University Press, 2008. p. 283-308.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.