O poder do canto
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v2i1.623Resumo
Qui est-ce qui chante? – Tout le monde et personne. Les chanteurs et les auditeurs. Le Poète et nous-mêmes. Personne. Quand est-ce qu’on chante? – On chante pour commencer. Et le chant des Muses cherchera les fondements de l’Univers. Les Muses progressent de l’ombre vers la lumière sur le chemin de la découverte. Elles nous annoncent, nuit et jour, une histoire de victoires et de défaites, de Dieux vainqueurs et de Divinités vaincues. Elles nous font sentir tout ce qu’il y a de civilisation et de sauvagerie dans notre monde; elles nous font voir tout ce qu’il y a sur la terre et dans les profondeurs du vide; elles nous font entendre et la voix et le silence. À vrai dire, le chant c’est la voix des Muses. Le langage leur appartient: le langage ordonné, logique, rationnel. Rien de ce qu’on peut voir – et entendre – aujourd’hui; rien de ces impressions passagères qui se confondent avec les souvenirs l’enfance; rien de ces temps chaotiques, de ces hommes hrisés qui nous entourent; rien de ce désordre où nous sentons irrémédiablement (?) noyés, et où nos poètes cherchent leurs pauvres muses en morceaux.Downloads
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