A súplica do aedo Fêmio para não ser degolado (Odisseia 22, 342-53)
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v32i2.882Palavras-chave:
súplica, aedo Fêmio, "para não ser degolado", Odisseia, autodídaktos.Resumo
Este artigo é uma tentativa (ou ensaio) de uma interpretação mais detida e precisa, por meio da tradução e principalmente do comentário detalhado, do texto grego da súplica do aedo Fêmio para não ser degolado por Odisseu na Odisseia (22, 342-53), levando em conta não apenas um entendimento vocabular e sintático adequado do texto desta súplica em sua básica função discursiva ou retórica, mas também a sua interpretação “literária”, social e religiosa no contexto da Odisseia (mais especificamente) e da Ilíada, com uma atenção particular à palavra autodídaktos (“autodidata” ou “espontâneo”), cuja ocorrência aqui é a única (um hápax) em Homero.
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