O Carm. 1.3 de Horácio, duas traduções de Elpino Duriense e duas imitações quinhentistas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24277/classica.v34i1.893

Palavras-chave:

Horácio , Odes 1.3 , tradução , Elpino Duriense , Antônio Ferreira , Camões

Resumo

Neste artigo pretendo discutir a presença do Carm. 1.3 de Horácio nas letras portuguesas, em particular em duas traduções de Elpino Duriense e duas imitações quinhentistas, uma de Antônio Ferreira (Odes 1.6) e outra de Luís de Camões em Os Lusíadas (4.102-4), no discurso do Velho do Restelo. Apesar de algumas críticas à composição horaciana como a de um poeta imaturo, parece que o poema teve importante fortuna, já na Antiguidade, e de maneira particular no séc. XVI português. As imitações quinhentistas tiveram sua fortuna nas letras portuguesas e Elpino Duriense considera a de Antônio Ferreira em uma de suas traduções.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Alexandre Pinheiro Hasegawa, Universidade de São Paulo

    Professor de língua e literatura latina

    Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, USP

    Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas, USP

Referências

ACHCAR, F. Lírica e lugar-comum. Alguns temas de Horácio e sua presença em português. São Paulo: Edusp, 1994.

BLACKMORE, J. The shipwrecked swimmer: Camões’s maritime subject. Modern Philology, v. 109, p. 312-325, 2012.

BOYLE, A. J. Seneca. Medea. Oxford: Oxford University Press, 2014.

CAIRNS, F. Generic composition in Greek and Roman poetry. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1972.

COSTA, C. D. N. Seneca. Medea. Oxford: Clarendon Press, 1973.

CURTIUS, E. R. Literatura europeia e Idade Média Latina. Tradução de Teodoro Cabral e Paulo Rónai. São Paulo: Edusp, 2013.

DIAS, A. E. S. Os Lusíadas de Camões comentados por Augusto Epifânio da Silva Dias. 2ª ed. Porto: Companhia Portuguesa, 2016. 2 t.

DURIENSE, E. A lyrica de Q. Horacio Flacco, poeta romano, trasladada literalmente em verso português por Elpino Duriense. Lisboa: Impressão Régia, 1807. 2 t.

DURIENSE, E. Poesias de Elpino Duriense. Lisboa: Impressão Régia, 1817. t. 3.

EARLE, T. F. António Ferreira. Poemas Lusitanos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.

FEDELI, P. Sesto Properzio. Il primo libro delle elegie. Firenze: Leo S. Olschki, 1980.

FRAENKEL, E. Horace. Oxford: Clarendon Press, 1957.

HARRISON, S. J. Generic Enrichment in Vergil & Horace. Oxford: Oxford University Press, 2007.

HASEGAWA, A. P. Duas traduções portuguesas do livro dos Epodos de Horácio no séc. XVIII. In CORRÊA, P. C.; MARTINHO, M.; MACEDO, J. M.; HASEGAWA, A. P. (ed.). Hyperboreans. Essays in Greek and Latin poetry, philosophy, rhetoric and linguistics. São Paulo: Humanitas, 2012, p. 131-46.

HASEGAWA, A. P. Tradução de Odes de Horácio com matéria erótica expurgadas por Elpino Duriense. Translatio, v. 10, p. 3-29, 2015.

HASEGAWA, A. P. Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio. PhaoS, v. 17, n. 1, p. 83-100, 2017.

HINE, H. M. Seneca. Medea. Warminster: Aris & Phillips, 2000.

HUE, S. M. André Falcão de Resende, tradutor de Horácio. In FRAGA, M. C; LUZ, J. L. B.; MARTINS, J. C. O; SILVA, J. A. (ed.). Camões e os contemporâneos. Braga: CIEC, 2012, p. 365-375.

MAYER, R. Horace. Odes, Book I. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.

McKEOWN, J. C. Ovid: Amores. Text, prolegomena and commentary in four volumes. Leeds: Francis Cairns, 1998. v. 3.

MINARINI, A. Lucidus ordo. L’architettura della lirica oraziana (libri I-III). Bologna: Pàtron Editore, 1989.

MOSER, G. M. What did the Old Man of the Restelo mean? Luso-Brazilian Review, v. 17, p. 139-151, 1980.

NÉMETI, A. Lucio Anneo Seneca. Medea. Pisa: Edizione ETS, 2003.

NISBET, R. G. M. The word order of the Odes. In ADAMS, J. N.; MAYER, R. G. (ed.). Aspects of the Language of Latin Poetry. Oxford: Oxford University Press, 1999, p. 135-154. In LOWRIE, M. (ed.). Oxford Readings in Classical Studies. Horace: Odes and Epodes. Oxford: Oxford University Press, 2009, p. 378-400.

NISBET, R. G. M.; HUBBARD, M. A Commentary on Horace, Odes, Book I. Oxford: Clarendon Press, 1970.

OLIVA NETO, J. A. Introdução: Bocage e a tradução poética no século XVIII. In OVÍDIO. Metamorfoses. Tradução e notas de Bocage. São Paulo: Hedra, 2017, p. 9-33.

PASQUALI, G. Orazio lirico. Firenze: Felice Le Monnier, 1920.

PICCOLO, A. O Arco e a lira: modulações da épica homérica nas Odes de Horácio. 2015. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP, 2015.

PUTNAM, M. C. J. Statius Siluae 3.2: reading travel. Illinois Classical Studies, v. 42, p. 83-139, 2017.

ROCHA PEREIRA, M. H. M. Temas clássicos na poesia portuguesa. Lisboa: Editorial Verbo, 1972.

ROMANO, E. Q. Orazio Flacco. Le Opere I (le Odi, il Carme secolare, gli Epodi). Roma: Instituto Poligrafico e Zecca dello Stato, 1991. t. 2.

SEGURADO e CAMPOS, J. A. Gabriel Pereira de Castro. Ulisseia ou Lisboa edificada. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.

SILVA, C. E. C. S. Ensaio sobre os latinismos dos Lusíadas. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1931.

SOARES, N. N. C. Mostras de sentido no fluir do tempo: estudos de Humanismo e Renascimento. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2018.

TARRANT, R. A new critical edition of Horace. In HUNTER, R.; OAKLEY, S. P. Latin literature and its transmission. Papers in honour of Michael Reeve. Cambridge: Cambridge University Press, 2019, p. 291-321.

VASCONCELLOS, P. S. Duas odes horacianas e uma imitação camoniana. Classica, v. 15/16, p. 233-247, 2002/3.

WILLIS, C. António Ferreira, T. F. Earle, Poemas Lusitanos. Modern Language Review, v. 99,

n. 3, p. 821-822, 2004.

Downloads

Publicado

2021-04-27

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

Hasegawa, A. P. (2021). O Carm. 1.3 de Horácio, duas traduções de Elpino Duriense e duas imitações quinhentistas. Classica - Revista Brasileira De Estudos Clássicos, 34(1), 143-160. https://doi.org/10.24277/classica.v34i1.893